domingo, 14 de abril de 2013

Melancolia


Noites mal dormidas, criaturas monstruosas a passear-se pela minha mente e assombração, é o que me resta desde que partis-te. Consigo ouvir todas a palavras bonitas que me costumavas dizer. As palavras feias tornam-se não só bonitas como lindas. A inocente menina que conhecias torna-se cada vez mais forte, mais guerreira, mais triste. Metade de mim morreu, a outra luta para a reanimar, mas já não há esperança, a tua partida levou tudo, de que melhor havia em mim. Agora sou apenas um peso sobre a terra. Oiço a tua respiração, sei que estás aí, aliás, sei que estarás. 'Já viste, numa tarde de Outono, cair as folhas mortas? Assim caem todos os dias as almas na eternidade. Um dia, a folha caída foste tu . Mas está tudo bem, aqui neste recanto, onde te escrevo estas mil e uma cartas confortantes, as quais nunca irás ler. E com as criaturas místicas do fundo da escuridão nocturna fico a escrever-te, a dedicar-te cada palavra, cada sentimento transcrito parágrafo a parágrafo, cada lágrima que jamais chorarás, cada sorriso que jamais terás, cada carta que nunca alcançarás, na esperança que as sintas . Tua, jane*

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